domingo, 20 de fevereiro de 2011

Minha amadora análise - Bayonetta






Muito bem!!!
Aqui começa um texto sobre o melhor jogo de ação (hack ‘n slash se preferir) que eu já joguei.


Você já deve achar comum dentro de um game assumir o papel de um rapaz, um homem, que geralmente não é humano o que justifica suas habilidades um tanto absurdas. Dando aquela variada no repertório, Bayonetta apresenta um novo mundo, onde uma bela dama distribui uma bela surra nas mais violentas criaturas angelicais.
O titulo do jogo compartilha do nome da protagonista, que também não é um ser - humano comum, mas também não é um ser divino e não chega a demoníaco. Bayonetta é uma bruxa do clã Umbra parcialmente responsável pelo equilíbrio do mundo, fazendo parte da escuridão em harmonia com a luz, até que em um terrível acontecimento faz com que o clã da luz entre em guerra com as Umbra Witches. A vitória é dada ao clan angelical e Bayonetta torna-se a ultima sobrevivente após ser aprisionada em um profundo sono, porém ao despertar, não se lembra de quase nada de seu passado e busca por respostas.

Qualquer pessoa jogando apenas uma demo consegue notar muitas semelhanças com outros jogos, principalmente com Devil May Cry, mas nota-se alguns aspectos que parecem ter sido tirados de Ninja Gaiden, God of War e até mesmo o filme de Final Fantasy 7 (que você virá a notar em estágios seguintes). Por causa de tantas semelhanças, muitos gamers costumam questionar a originalidade do jogo, devido a grande quantidade de referências a outros jogos, mas é também importante lembrar até onde a originalidade pode afetar tudo aquilo que o jogo tem a oferecer.

O sistema de combates a princípio aparenta ser tradicionalmente bater e se esquivar, podendo combinar socos e chutes com armas de fogos, pistolas que estão acopladas também aos dois pés de Bayonetta. E junto com a vantagem de duas pistolas a mais, Bayonetta conta também com um movimento especial conhecido com Witch Time, onde ela atrasa o movimento de tudo e todos ao seu redor quando o jogador consegue se esquivar de um ataque inimigo no exato momento em que seria atingido. Alguns inimigos conseguem ser tão fortes e velozes que não usar Witch Time sendo um principiante no game é suicídio, já que também igual à Devil May cry o jogo conta com um nível de dificuldade elevado mesmo no modo “normal”.
Junto com tanto conteúdo, não podia faltar uma vasta lista de combos a serem executados, que mesmo eu tendo jogado e re-jogado várias vezes, posso dizer que só sei metade ou menos de tudo que Bayonetta consegue executar. Ao decorrer de alguns estágios e com a chegada de alguns inimigos, é importante variar os ataques, criar seqüências e combos variados e evitar ser ferido.


A narrativa do jogo é, em boa parte dele e até o final, bastante confusa. O enredo da um grande destaque para o misterioso passado da protagonista, fazendo o jogador ir descobrindo aos poucos a respeito dela junto com a mesma. Outro problema dessa narrativa é que ela deixa a desejar e muito aos outros personagens do jogo, onde do começo ao fim você acaba não sabendo nada sobre eles, como "por exemplo" Rodin onde tudo o que você virá a descobrir sobre o personagem é que ele é um ferreiro das trevas que faz um bico como bartender no inferno (ta, não é a coisa mais absurda que você vai ver aqui). Mas apesar de tantos furos, o enredo é muito apreciável, capaz de emocionar o jogador com cenas cômicas, agitadas, tristes e surpreendentes, apesar dos clichês destes, dentro de cenas que variam entre os CGs e os slides dos personagens paralisados, onde a câmera ainda se mexe e não deixa de transmitir a dinâmica de uma cena em total movimento.



O jogo também conta com uma bela trilha sonora, envolvente e adaptada à temática do jogo. É normal ver Dante esfolar demônios ao som de algum heavy Metal, mas seria estranho para alguém como Bayonetta que apesar de não ser tão doce quanto suas musicas na hora de desferir seus golpes, desfruta de musicas num tom que se encaixam perfeitamente a bela mulher que ela é. Os efeitos sonoros também estão impecáveis, sendo possível identificar ataques inimigos pelo que se escuta vindo deles.
Algumas musicas até mesmo me deram aquele feeling de games da era dourada, me fazendo lembrar de jogos em beat ‘n up da época, uma em especial eu diria que foi esta:

(talvez porque me lembre megaman...)
A única coisa no jogo em que eu tive algo para reclamar, sem dar chance para qualquer outro defeito com certeza foi a câmera, que não acompanha a velocidade do jogo e quase não se é ajustável. Ela conta com um recurso muito preciso, pressionar o analógico direito para ajustar a câmera em direção ao campo de visão da personagem, ajuda até demais durante uma exploração, mas durante um combate que sempre costuma ser bem veloz nem tanto. Ajudaria muito se a rotação dela no analógico não fosse extremamente lenta, por causa disso já sofri muitos danos e derrotas por causa de inimigos que entram na frente da câmera e a precisão desses ajustes não me permitem ver o momento certo de se esquivar de um ataque que nem sei que irei levar. Este fator defeituoso que é a câmera ainda não é o suficiente para diminuir, nem que fosse um pouco, essa obra-de-arte que é Bayonetta, que nos faz ter vontade de cumprimentar, parabenizar, abraçar e... chega né.... toda a equipe da platinum games.

Para concluir, fica ae minha pequena recomendação. Um jogo que nós desde já esperamos que venha a se tornar a mais nova franquia deste insano universo gamístico. Recheado de clichês e com personagens estereotipados, nada poderia dar mais destaque a um gameplay tão épico com uma jogabilidade tão confortável e uma heroína tão envolvente e cativante. Bayonetta não é só uma boa pedida, é quase uma obrigação a todo gamer que se preze, principalmente para aqueles que apreciam o estilo, é simplesmente imperdível. Também gostaria de parabenizar a SEGA pela parceria certeira, mesmo eu achando que teria dado certo dentro de qualquer estúdio, a SEGA merecia algo de boa qualidade pra levantar aquela moral que sentíamos saudades de ver nela.

O Melhor: Descer surras assutadoras em montros temíveis sem perder a sensualidade.
O pior: Pior do que essa câmera, só mesmo meu Xbox ter arranhado o disco.
Tesoura faz falta: Aquele cabelo não deixa de cobrir nosso interesse.

Gráficos: 10
Enredo: 9
Som: 9
Jogabilidade: 10

Nota final: 10